[AQUECE RIO] DESAFIO INTERNACIONAL DE MARATONA AQUÁTICA - RIO DE JANEIRO (RJ)

EVENTO-TESTE DA MARATONA AQUÁTICA TEVE ALLAN E ANA MARCELA NO PÓDIO

23/08/2015 – Fonte: CBDA - O evento teste de maratonas aquáticas para os Jogos Olímpicos Rio 2016, teve dois cenários bem diferentes. No sábado (22/08), mar mexido e ondas. No domingo (23/08), mar ameno, poucas ondas e um sol mais quente. Os baianos Allan do Carmo e Ana Marcela Cunha subiram ao pódio do evento internacional e puderam aguçar ainda mais a vontade de pendurar uma medalha olímpica no pescoço ano que vem, no mesmo cenário. Ambos enfrentaram as águas frias (18°) de Copacabana.

Allan venceu a disputa masculina chegando em 2h03m53s e Ana, foi a segunda completando em 2h12m19s. No pódio de prata e bronze entre os homens ficaram o japonês Ysunari Hirai (2h03m54s) e o canadense Richard Weinberg (2h03m57s). Na prova feminina, a inglesa Kary-Anne Payne venceu a disputa (2m12m18) e a alemã Isabelle Harle (2h12m23) levou o bronze.

- O objetivo principal era testar o percurso e a logística da competição. O traçado será este ano que vem e já pudemos observar várias coisas como as referências visuais na paisagem em relação as voltas da prova, o posicionamento e as cores das bóias, o trajeto de chegada na competição na competição e outros detalhes. Vimos, por exemplo, que não poderemos ficar na Vila Olímpica na véspera da prova, pois a distância para Copacabana pode atrapalhar. Foi bom ter os dois cenários de condições do mar. para nós, espero que em 2016 esteja como no primeiro dia. Vamos levar enorme vantagem porque temos muito mais experiência de nadar nestas condições que os estrangeiros. Nós temos um atleta que, na minha opinião, é o maior estrategista do mundo. Ele ainda não é o mais rápido, mas ninguém se posiciona melhor na prova e se adapta as condições como o Allan do Carmo. Enfim, vamos passar para a organização todas as nossas observações para que tudo saia o mais perfeito possível ano que vem – disse Igor Souza, supervisor técnico de maratonas Aquáticas da CBDA.

Allan do Carmo venceu na batida de mão e disse que o senso de direção realmente fez a diferença.

- Foi uma prova muito disputada. Não foi fácil por causa do mar mexido. Cheguei a ficar atrás do canadense na terceira volta, mas na quarta estava todo mundo junto. Foi uma prova de recuperação. quando o mar está daquele jeito, você tem que ter um senso de direção muito grande e essa é uma das minhas características. Gosto de nadar uma prova com mar mais agitado e isso me ajudou bastante - explicou.

O Evento Teste de maratonas Aquáticas, ao contrário de alguns outros, não valia vagas olímpicas ou pontos para qualquer campeonato. Além de logística e percurso, a competição também testou cronometragem e operações na água.

Ana Marcela, saída do Troféu José Finkel de Natação que terminou no sábado e das férias que tirou após o Mundial de Kazan, esteve entre as primeiras durante toda a prova. Embora tenha se atrasado ao se enrolar com o equipamento de hidratação e bater na raia colocada na reta final, ela comemorou o resultado.

- Eu estava me sentindo bem. Estava de férias e estava esperando que a água estivesse até mais fria do que estava. Ontem chegou a marcar 16º. Para mim está tranquilo. O percurso foi bem tranqüilo também. Em Kazan (Mundial dos Esportes Aquáticos) eu nadei 25 quilômetros, então comparando com aquilo consegui tirar forças para nadar hoje - brincou Ana Marcela, medalhista de ouro nos 25km, prata por equipe e bronze dos 10km no último Mundial.

Poliana Okimoto deixou a prova após a segunda volta. A atleta sentiu dor na virilha durante o Troféu José Finkel, mas decidiu participar para também fazer o seu reconhecimento da área. Segundo Igor de Souza, como ela ainda não está de férias (vai disputar o Mundial Militar no final de setembro, na Coréia, e etapas da Copa do Mundo da Federação Internacional de Natação, na China e em Hong Kong) era preciso preservar para que não se agravasse.

Os atletas estrangeiros aproveitaram ao máximo a oportunidade, pois puderam marcar com GPS todo percurso e planejar momentos para retornar antes dos Jogos Olímpicos.